Realizados, Seminário
Os Novos Poderes do Cade
29 de novembro de 2011
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A reestruturação do Cade, aprovada pelo Congresso Nacional, traz mudanças significativas na lei concorrencial do país, com forte impacto para os procedimentos de fusões e aquisições e para as práticas de concorrência empresarial.
O texto legislativo, aprovado em sessão tumultuada, deixa dúvidas importantes: Qual será a multa a ser aplicada às empresas condenadas por formação de cartel? O Cade usará os superpoderes que lhe foram atribuídos, superiores aos da Polícia Federal, para entrar em empresas a qualquer momento sem autorização judicial para buscar documentos?
Ao entrar em vigor, em aproximadamente seis meses, a nova lei impedirá a assinatura de contratos de fusões e aquisições antes da análise de risco concorrencial e da aprovação do Cade. Esta mudança aproxima a atuação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) do modelo adotado em diversos países, inclusive pela Federal Trade Commission (FTC) dos EUA e do Office of Fair Trade (OFT) do Reino Unido.
Hoje a avaliação do Cade é feita após a fusão ou aquisição ter sido assinada e concretizada, o que torna difícil a sua reversão e provoca batalhas judiciais prolongadas, como no caso Nestlé-Garoto. Com a mudança, o Cade terá condições de exercer o seu poder de defesa da concorrência com maior rigor. As empresas interessadas em fusões e aquisições poderão apenas assinar entre si pré-contratos, com cláusula de confidencialidade. Precisarão entregar ao Cade dados minuciosos de “Análise de Risco Concorrencial” e aguardar o pronunciamento do órgão antitruste.
Resta saber se o Cade estará preparado para se pronunciar sobre fusões e aquisições com a eficiência e a agilidade necessárias para não inviabilizar negócios. Nos EUA, a FTC se pronuncia em um mês. No Brasil, os prazos não deveriam ser muito mais demorados do que este, apesar da nova lei facultar até 330 dias para o Cade desautorizar a fusão ou aquisição.
Com quadro atual de cerca de 60 funcionários, a nova lei autoriza o Cade a contratar mais 200 profissionais para exercer os seus novos poderes. O órgão antitruste deverá se tornar mais atuante em geral contra práticas de abuso de poder econômico, concorrência desleal e de formação de oligopólios. Desta forma, a reestruturação do Cade precisa ser compreendida e acompanhada mesmo por empresas sem projetos de fusão e aquisição.
Participe deste Seminário InterNews que reúne o presidente do Cade e outros renomados especialistas e avalie como a nova lei muda procedimentos, contratos e negociações de empresas interessadas em fusões e aquisições. Saiba como elaborar documentos relacionados a “Análise de Risco Concorrencial” e prever as possibilidades de aprovação do Cade. Veja também em que medida a nova estrutura do Cade pode afetar práticas concorrenciais e o desempenho das empresas.
Programa
08h00 Credenciamento
9h00 A nova estrutura do Cade e as mudanças na lei
concorrencial brasileira
- Principais mudanças
- O que muda na análise de risco concorrencial
- Desafios para colocar a nova lei em prática
- Como será a divisão de competências dentro da nova estrutura
Marcos Paulo Veríssimo
Conselheiro do Cade
10h20 – Coffee break
10h40 Os novos poderes do Super Cade
- O poder fiscalizador do Cade
- Como contratar e treinar eficazmente tantos funcionários em tão pouco
tempo - O combate aos cartéis
Gilvandro Vasconcelos
Procurador Geral do Cade
12h00 Almoço
13h20 A defesa da concorrência e as decisões de negócio
- Como ficam os contratos e negociações das empresas à luz da nova lei
concorrencial - Será o fim das vulnerabilidades como no caso Nestlé-Garoto?
- O papel dos advogados de defesa da Concorrência no novo processo
decisório
Lauro Celidônio
Sócio do Escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga
Advogados
14h30 As empresas e o Super Cade
- Adaptação das empresas ao novo processo de avaliação de fusões
- Em que medida a nova estrutura pode afetar o desempenho das empresas
- Pontos sensíveis da nova lei: multas, processos licitatórios, entre
outros
Celso Campilongo
Coordenador do Grupo de Estudos de Direito Concorrencial da Fiesp e
ex-conselheiro do Cade, professor das Faculdades de Direito da USP e da PUC-SP
15h40 Desafios do Cade frente ao crescente número de
fusões do país
- Análise de risco concorrencial
- Aprovações mais rápidas serão mesmo possíveis?
- Os recursos disponíveis são suficientes?
Gesner Oliveira
Ex-presidente do Cade, professor de Economia da FGV-SP e PhD em Economia
pela Universidade de Berkeley, Ex-presidente da Sabesp
16h50 Coffee break
17h10 A experiência da OAS no Cade
- O setor de infraestrutura sob a luz da nova Lei Antitruste
- Expectativas e desafios com as mudanças na análise nos atos de concentração
Bruno Semino
Diretor Juridico da OAS
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